quarta-feira, 25 de julho de 2012

Reconstituição da morte do garoto Flânio Macedo é realizada em São Domingos


Sob forte esquema de segurança e portando um colete a prova de balas, Maria Edileuza foi a única participante da Reconstituição do crime macabro. Fotos: Thonny Hill.

Na tarde de hoje, por volta das 14h, O Blog do ney Lima acompanhou a reconstituição (ou Reprodução Simulada) do crime que envolveu o garoto Flânio Macedo, de nove anos de idade e morto em ritual de Magia Negra.

O corpo do garoto foi encontrado no último dia 10/07, no sítio das Camarinhas, onde estava nú, de bruços, com as mão e pés atados e também decaptado.  O crime causou uma grande comoção tanto no distrito de São Domingos, como também em Santa Cruz, repercutindo também no estado e em todo o país.

Entenda agora o passo a passo do crime, segundo Vanja Coelho, perita criminal do caso.

Escolha da criança e como ela foi levada ao local do crime


Segundo Dra. Vanja, a criança foi escolhida de maneira aleatória e foi levada ao local do crime por Genival Rafael da Costa, conhecido como “Pai Véio”. No local do crime, já se encontravam Maria Edileuza, Ednaldo Justo dos Santos (o “Pai Nal”) e  Edilson da Costa Silva (“Deni”).

Genival então, teria começado a série de estupros: “Aleatoriamente foi escolhido uma criança e o encarregado de pegar essa criança foi o “seu” Genival, o chamado “Pai Véio”. Essa criança foi pega na feira e trazida até aqui, inclusive com seu próprio carro de coletar fretes na feira. Quando ele chegou aqui, já estavam o “Deni” e o Naldo. Logo em seguida, o “Pai Véio” tira as vestes da criança, um short e uma cueca, e o estupra”. Afirmou.

Local onde Flânio foi executado. Notar ao fundo restos da Guidá, recipiente usado para coletar o sangue da criança para a oferenda.

Detalhes da Morte


Perita Criminal, Dra. Vanja Coelho, narra detalhes obtidos na Reconstituição.
Segundo a perita, após o estupro feito por Genival, a criança teria desmaiado e, logo em seguida, Edinaldo (Pai Nal) também a teria estuprado. Após isso, Genival amarrou os pés e as mãos de Flânio para trás e então Ednaldo levantou a criança, pela altura da cintura e fez um grande corte no pescoço com uma peixeira, onde o sangue foi aparado em um recipiente de barro, conhecido como “Guidá”, por Edilson da Costa (Deni).

Sobre quem teria retirado a cabeça de Flânio, a perita afirmou que a criança, provavelmente, já estaria morta após o sangramento ocorrido devido ao corte que sofrera.

Em seguida ela teria sido colocada em pé por Edinaldo e Genival e então foi feito um torniquete no pescoço da vítima, com uma flanela e um pedaço de madeira, onde foram dadas várias voltas no pescoço, até que a cabeça se desprendesse do corpo: “A criança, a essas alturas, acredito que já estivesse morta. A criança foi levantada, segurada pelo Edinaldo e pelo Genival. O Genival amarrou uma flanela, de cor verde-limão e produziu várias voltas como se fosse um torniquete até que a cabeça, já vulnerabilizada pelo grande corte que sofrera pela peixeira, ela se desprendeu do tronco, da sua cervical”, afirmou.

Participação de Edileuza no Crime


Segundo a perita, Maria Edileuza, esposa de Genival, teria afirmado que teria apenas presenciado o crime, ficando a uma distancia de seis metros do local.  Edileuza teria gritado para que os demais não fizessem o ato com a criança teria dito também que Flânio teria gritado muito, pedindo para que não o matassem. A perita afirmou que Edileuza teria sido ameaçada pelos outros criminosos e que, caso continuasse gritando ou denunciasse o crime, também seria morta como a criança. Após a consumação do crime, os criminosos teriam consumido cerveja e ficaram entoando cânticos para suas divindades.

Quinto Mandante


Delegado Antônio Dutra conta detalhes sobre prazo de finalização do inquérito.
Segundo o delegado da subdelegacia de São Domingos, Dr. Antônio Dutra, foi fornecido o nome de quem seria o mandante do crime, chamado apenas de Irani.

O delegado não afirmou de onde ele seria ou onde estaria, mas ele, provavelmente,  teria estado em São Domingos alguns dias antes do ritual.

Quanto ao valor do pagamento, uma quantia de 1500 reais, ainda há contradições no valor, mas que o ritual foi confirmado, segundo ele, houve “uma encomenda, por remuneração financeira”, afirmou.



Laudos do Crime e finalização do Inquérito


A perita, Dra. Vanja Coelho, afirmou também que muitas evidencias teriam sido collhidas no local do crime, inclusive oito dentes humanos, mas não afirmou que esses dentes poderiam ser do garoto. Ela afirmou também que os laudos finais poderão ser divulgados em até dez dias. Quanto ao inquérito, o delegado Dr. Antônio Dutra afirmou que a reconstituição foi satisfatória e que o inquerito policial deverá ser concluido em até 15 dias.

Preritos retirando materiais usados na reconstituição do crime.


Blog do Ney Lima

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