Em depoimento, Adriano diz que só pegou arma após disparo em carro
A TV Globo teve acesso ao depoimento que durou 1h40 nesta segunda.
Jovem diz que foi baleada por Adriano; ele nega.
O jogador Adriano disse em seu depoimento, ao qual a TV Globo teve acesso, que pegou na arma que estava dentro de seu carro apenas após ela ter disparado. Adriano deixou a 16ª DP (Barra da Tijuca) por volta das 20h10 desta segunda-feira (26), após 1h40 de depoimento. Uma jovem foi atingida quando o jogador saía de uma boate, na Barra da Tijuca, Zona Oeste, acompanhado de outras três mulheres e um amigo por volta das 5h30 de sábado (24).
Segundo Adriano, ele sabia que a arma estava no console do carro, entre o banco do carona e do motorista, um policial militar amigo dele. O jogador afirma que não viu quando a arma foi retirada do local. Adriano disse que ouviu o disparo, se assustou e olhou para o banco de trás do carro, mas não percebeu que alguém estava ferido.
Somente quando Adriene disse que seu dedo estava sangrando, Adriano diz que viu a arma em sua mão. Foi quando, segundo ele, tocou na arma pela primeira vez naquela noite. Adriano diz que então pediou ajuda a um amigo do policial que os seguia em outro carro, para levar Adriene a um hospital. O jogador disse também, no depoimento, que insistiu para que uma amiga a acompanhasse até o hospital.
Adriano contou ainda que pediu à mesma pessoa que levou Adriene ao hospital que apresentasse seu carro (de Adriano) à delegacia para perícia.
Sem caráter e má fé
Segundo o advogado do atleta, Ivan Santiago, o depoimento foi bom e Adriano confirmou tudo o que havia dito anteriormente.
Ao chegar à delegacia, Adriano afirmou que a jovem baleada dentro do seu carro "não tem caráter e agiu de má-fé" ao acusá-lo de ter disparado a arma dentro do carro dele. Ele voltou a afirmar que estava no banco da frente do veículo e nega ter efetuado o disparo.
Segundo Adriano, quando viu que a jovem estava ferida, pediu para o amigo que dirigia o veículo parar. Nesse momento, ele contou que tirou a jovem de dentro do carro, tirou a camisa para cobrir o ferimento da vítima e pediu que o amigo levasse a jovem para o hospital.
O jogador contou ainda que foi ao hospital onde a jovem está internada para fazer o exame de resíduo de pólvora e não chegou a visitá-la nem pagou o hospital. "Não vejo necessidade de arcar com as custas", afirmou Adriano, sobre a acusação da jovem contra ele.
O jogador Adriano na 16ª DP (Barra da Tijuca)
(Foto: Alba Valéria Mendonça/G1)
Ele negou conhecer a vítima, acrescentando que deu uma carona para ela a pedido de um amigo com quem estava no camarote de uma boate na Barra da Tijuca, na Zona Oeste.(Foto: Alba Valéria Mendonça/G1)
"Não sei por que ela está fazendo isso contra mim. Mas quando acontece alguma coisa com o Adriano a repercussão é sempre muito grande", afirmou o jogador durante entrevista concedida à imprensa ao chegar à delegacia. "Estou tranquilo, todo mundo sabe que não gosto de dar entrevistas, mas concordei em falar com vocês (imprensa) porque tenho família, estou preocupado e estou preocupado também com a minha imagem. Os exames (de resíduo de pólvora) vão comprovar o que realmente aconteceu", completou Adriano, ao chegar por volta das 18h à 16ª DP (Barra da Tijuca) para prestar depoimento.
Ainda segundo o atleta, a arma estava entre o banco e o console do carro, mas ele não viu quem pegou a arma, só ouviu o disparo e teve um instinto de se abaixar porque "foi um estrondo muito grande dentro do carro".
Nenhum comentário:
Postar um comentário