terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Frase de Lindemberg foi estopim para invasão da PM, diz delegado

Réu falou que estava ouvindo 'anjinho' e 'capetinha' e que o último vencia.
Júri do caso Eloá entrou no segundo dia nesta terça (14).

 
O delegado Sérgio Luditza, que investigou o caso Eloá, disse na tarde desta terça-feira (14), no julgamento de Lindemberg Alves, acusado de matar a garota em Santo André, no ABC,que uma frase do acusado foi o "estopim" para a invasão da PM ao apartamento. As negociações foram comandadas pelo Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate).
Segundo ele, Lindemberg disse que estava "ouvindo um anjinho e um capetinha e o capetinha estava vencendo". Luditza afirmou que o caso teve uma reviravolta nos últimos 30 minutos. "Estava tudo caminhando para a libertação dos reféns", disse.
Antes dele, o perito Hélio Rodrigues Ramacciotti, responsável pelos laudos do Instituto de Criminalística (IC), também prestou depoimento. Ele disse que é possível dizer que não houve disparos de arma calibre 40 (usada por policiais em São Paulo) no apartamento. “Se houvesse disparos de ponto 40, as lesões seriam muito superiores”, afirmou. “Se fosse uma arma ponto 40, Nayara não estaria viva.”
Bate-boca
A advogada Ana Lúcia Assad, defensora de Lindemberg Alves, bateu boca com a juíza Milena Dias na tarde durante o depoimento da perita criminal Dairse Aparecida Pereira Lopes. Lindemberg começou a ser julgado nesta segunda (13) no Fórum de Santo André.
Ana Lúcia Assad reclamou de um ponto técnico durante o depoimento, afirmando que havia um número errado no processo. A juíza disse que não cabia à defesa fazer tal questionamento no momento. Indignada, a advogada disse que queria apenas a "verdade". A juíza voltou a dizer que ela ia ter a oportunidade de falar isso nos debates e que esse não era o "conceito".

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